Um Pouco Sobre Nós...

| segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Somos um grupo de estudantes do segundo semestre do curso de Letras da Unifesp, composto pelos integrantes: Daiane Sobrera, Camila Romero, Aline Cabral, Gustavo Nanni e Rogério Fernandes de Macedo.

Nos reunimos, neste semestre do ano de 2009, para produzir um trabalho da disciplina Língua Portuguesa, ministrada pelo Professor Paulo Ramos, e, por iniciativa do grupo e também das nossas afinidades e interesses, resolvemos pesquisar e expor um tema muito próprio de humanas, trata-se dos Movimentos Culturais na Unifesp.

O projeto que envolve este trabalho tem como objetivo, não apenas a simples conclusão e apresentação do mesmo para o professor e a sala, mas também a divulgação e apoio da cultura e da arte de muitos artistas anônimos ou não e que estudam no nosso campus, em outros cursos e até mesmo na nossa sala e que desconhecemos.

Certamente, em um campus tão grande como o da Unifesp de Guarulhos, podemos encontrar e prestigiar diversas manifestações culturais, em grupos ou individuais, que estão bem perto de nós. Portanto, tentaremos apresentar no fanzine e por meio do blog as atividades artísticas e depoimentos de profissionais da arte ou de alunos e pessoas que têm o dom da arte.

Desejamos que os depoimentos apresentados neste trabalho sirvam para incentivar ou esclarecer dúvidas daqueles que também tiverem afinidade e interesse pelo assunto ajudando a aproximar ainda mais os alunos do campus, da amizade e do conhecimento.

Por Rogério Macedo

A Arte é necessária?

| segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Desde o início dos trabalhos para a elaboração do nosso fanzine, uma questão se tornou permanente e de extrema importância para o diálogo que gostaríamos de estabelecer entre os artísticas e o campus. Além de divulgar as manifestações artísticas dos alunos do campus Guarulhos, gostaríamos de tentar responder as duas perguntas que são feitas quase que por instinto por todos os artístas e por quase todos os estudantes do campus. “A arte é necessária?” e complementarmente a essa pergunta, “As humanas são necessárias?”.

Recentemente em artigo publicado pela revista Cult o pesquisador Vladimir Safatle relata uma suposta crise das humanidades. Para o estudioso, a massificação dos conhecimentos técnicos e a eterna busca por rapidez e por lucro torna o estudo das ciências humanas em um estudo desnecessário e obsoleto aos olhos da sociedade imediatista na qual estamos todos inseridos. O problema, aos olhos de diversos pesquisadores, é que as humanidades, e aqui podemos linkar claramentecom qualquer manifestação artística, fazem críticas e questionamentos ao próprio sistema na qual estão imersos. Não é de se estranhar, por exemplo, que um grupo de estudos dentro que uma Universidade passe a questionar exatamente seu funcionamento e seus métodos. O questionamento e a críticas são os alicerces que mantém a grande área das Ciêncis Humanas como uma das áreas mais importante para a formação e fomentação de um pensamento crítico e social em toda a sociedade.

Com o teatro podemos observar o mesmos fenômeno. Os grupos e cias mais experimentais sempre procuram novas formas de linguagem e de construção estética, o que muitas vezes é visto como uma pesquisa irrelevante aos olhos da nossa comunidade. Uma pesquisa estética teatral, assim como qualquer pesquisa de humanas, demanda tempo e financeiramente não agrega o lucro de uma pesquisa farmacêutica, por exemplo. O teatro carrega, ainda que não unicamente, a função de trazer a crítica e o questionamento para seus espectadores. Assistir a um espetáculo que se propõem a levantar esses questionamentos acaba sendo desconfortável para um público que está acostumado apenas com filmes, novelas e demais manifestações artísticas que buscam o entretenimento acima de qualquer questionamento estético.

Mais do que divulgar as manifestações artísticas do campus, gostaríamos de reacender a discussão e chamar a atenção para uma questão que, para nós do Unifesp Cultural, é extremamente importante. Gostaríamos de lembrar a todos da nossa função questionadora na sociedade. Precisamos todos nos lembrar que somos privilegiados por termos a oportunidade de formar um pensamento crítico da atualidade e que, para isso, não devemos nos abalar com críticas infundadas quanto à relevância de nossas pesquisas acadêmicas, afinal não somos os primeiros e certamente não seremos os últimos a serem julgados pelos olhos imediatistas que buscam apenas o lucro financeiro em todos as áreas acadêmicas.

Fotos divulgação Coletivo Borboletas


Por Daiane Sobreira

Cia Teatro dos Orelhas

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A Cia Teatro dos Orelhas, núcleo de produção da Cooperativa Paulista de Teatro, se formou em 2004 e vem desde então desenvolvendo projetos ligados a pesquisa de linguagens cênicas. O Unifesp Cultural teve a oportunidade de conversar com a estudante de Filosofia Marília Salles, que está hoje no 4 termo, além dela outra aluna no campus participa do Teatro dos Orelhas, a estudante de História da Arte, Camila Gregório.


Formada integralmente por Guarulhenses, a Cia desenvolve a maior parte dos seus trabalhos na cidade procurando estabelecer um diálogo com outros artistas com o fazer cultural de Guarulhos como um todo. Em 2004 a Cia montou o espetáculo Os Mistério das Janelas, que foi financiado pelo Fundo Municipal de Cultura de Guarulhos e que procurava aproximar a linguagem teatral de pessoas que não eram freqüentadores de teatro, trazendo elementos como gestos estilizados e musicalidade da fala. Após um ano de circulação do espetáculo por diversos locais da cidade a Cia foi convidada pela diretora Bernadeth Alves, do Núcleo Cênico Árion, para participarem do projeto 3 em 1: um por (todos)2 por hum!!!. O Projeto ocupou o Teatro FUNARTE de Arena Eugênio Kusnet e teve apresentações teatrais, leituras de textos épicos e seminários, todos buscando uma investigação sobre o teatro épico.

Em 2007 a Cia montou o espetáculo Mariana Conta Quatro, uma adaptação do texto John Gabriel Borkman do dramaturgo Henrik Ibsen. O espetáculo ficou em temporada do teatro Julia Bergman/SP. Em 2007 a Cia participou de um projeto de imersão com o grupo República Cênica em Campinas/SP e iniciou o projeto das peças recreio, aonde os atores iam até a casa do público e envolviam os donos na casa no meio da trama, tornando do anfitrião em personagem principal do espetáculo. No mesmo ano a Cia começou a organizar reuniões entre os artistas teatrais da cidade de Guarulhos, o que até o momento não aconteciam. As reuniões tinham como pauta o fazer teatral na cidade, com questões de produção e de dramaturgia, entre outras questões pertinentes aos aspectos culturais da cidade. No início do ano de 2009 o Teatro dos Orelhas, em parceria com o grupo Teatro da Chuva e com o Grupo Mentecorpos do Balaio, realizou no espaço do campus Guarulhos da Unifesp o Treino Livre de Circo e o espetáculo “Numa Roda” para a comunidade da região de Bonsucesso.

Para o próximo ano o grupo tem dois projetos. O primeiro deles é o projeto de Arte-Educação “Cidades Invisíveis”, desenvolvido em parceria do o grupo Teatro da Chuva, que foi contemplado com o Fundo Municipal de Cultura e que terá inicio no começo do ano de 2010, oferecendo aulas de teatro para jovens da região de Bonsucesso. O segundo é uma montagem do conto “A Ovelha Negra” do italiano ítalo Calvino, autor que vem sendo estudado pela Cia.

Fotos divulgação Teatro dos Orelhas

Veja trechos do espetáculo "Mariana Conta Quatro" no youtube.


Por Daiane Sobreira

Cia do Caminho Velho

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A Cia do Caminho Velho iniciou suas atividades junto com as primeiras turmas do campus. Formado exclusivamente de alunos, a maior parte deles com uma experiência anterior com o fazer teatral, os atores da cia contam com a ajuda de um orientador, o diretor teatral Eliseu, contratado da Unifesp campus Vila Clementino. O grupo divide-se em dois núcleos, sendo o primeiro formado pelas primeiras turmas e o segundo formados por alunos que entraram na universidade nesse ano de 2009.


O primeiro trabalho da cia foi a adaptação “A vida de Galileu”, que até hoje faz apresentações para diversas escolas de ensino fundamental e médio da região dos Pimentas. A idéia principal doa atores é que a experiência teatral da cia aconteça de maneira fluída e comum para todos os grupos. A pesquisa do grupo tem caráter experimental e busca novas linguagens cênicas, agregando conhecimentos partilhados pelos atores de grandes teóricos teatrais, mas sem se focar apenas em uma única corrente teórica. No ano de 2009 a cia trabalha com seu segundo núcleo de atuação o espetáculo “ Notícias da morte de Alberto Silva” poema de Ferreira Gullar, que realizou apresentações nos congressos de Ciências Sociais e de Filosofia.

Para o ano de 2010 os dois núcleos pretendem iniciar apresentações de seus dois espetáculos pelos diversos campus da Unifesp, a fim de divulgar um trabalho artístico que começou aqui no campus de Humanas.

Fotos divulgação Cia. do Caminho Velho

Você também pode conferir o trabalho da Cia do caminho Velho no Youtube!





Por Daiane Sobreira

Pianista Erudita

| sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Tâmara Viegas, aluna do curso de Letras no vespertino, estuda música desde 11 anos, quando descobriu que possui ouvido absoluto. Tâmara também foi incentivada pelos seus pais a dar continuidade nos estudos musicais.

Todo ano, a estudante se apresenta duas vezes no Conservatório Municipal de Arte em Guarulhos com peças eruditas e já gravou um DVD. Além do conservatório, no dia 14 de dezembro, ela se apresentará no Villa-Lobos para tocar cirandinhas. Tâmara considera importante essas apresentações por ter a oportunidade de conhecer crianças interessadas em tocar piano, e alunos de vários níveis que tocam músicas simples, eruditas, complexas, modernas, entre outras.

“Não tenho banda, mas tive projetos que realizei por pouco tempo no ensino médio”, diz a aluna se referindo ao coral em que fez parte no colégio e que também, os professores gostaram do projeto, só que aos poucos os alunos foram se desanimando, e por isso, Tâmara se apresenta sempre sozinha, ou com alguém que realmente esteja interessado em se apresentar em um determinado momento. Atualmente, não possui nenhum outro projeto, porém tem expectativas de futuramente participar de algum dentro da Unifesp.
Para ela, o mundo sem arte é em preto e branco, no qual as pessoas não são diferentes umas das outras, classificando-as como espécie de autômatos, já que a arte, por sua vez, supera os nossos limites. Com isso, a estudante não mostra só um pensamento sobre a importância da arte dentro de um campus de humanas como também dentro de uma sociedade diversificada.

por Camila Romero

Teatro e Dança: uma forte ligação

| terça-feira, 3 de novembro de 2009

A estudante Sara do curso de Letras, faz dança desde os 7 ano. Iniciou sua carreira com balé clássico e logo após seguiu 2 anos com o jazz. Já participou de grupos de danças da juventude, mais especificamente de axé, e atualmente, depois de um tempo distanciada, faz dança contemporânea na Oswald de Andrade com a professora Luciana Bortoleto, especialista no assunto, e que também oferece oficinas no Centro Cultural de São Paulo.

"A dança contemporânea é somática, e é interessante porque antes de eu entrar nela, eu tinha uma outra visão sobre o que é dança" afirma a aluna. Para Sara, a dança é uma arte na qual precisa estudar, é necessário ter conhecimento do corpo, das articulações para que não faça nenhum movimento errado, e também para evitar acidentes com você mesma ou com os companheiros.

A estudante afirma que já fez parte de um grupo teatral no cursinho da Poli com o professor Rafael Mazini, e ficou em cartaz durante dois meses. Logo depois das apresentações, o grupo se separou. Atualmente também, faz parte de um grupo do professor Sidney Bretanha que conta com 60 atores, e entrará em cartaz novamente no dia 28 de novembro com a peça 'Um feminino austero'. "O autor, na verdade, canta e dança várias vezes em um palco", e esse foi o motivo, junto com a volta ao teatro, que levou a estudante a se interessar por dança contemporânea. Para ela não há dificuldades em seguir nas duas artes ao mesmo tempo já que ambas tem uma ligação muito forte, pois a dança pode ser colocada em palco durante uma peça, e uma apresentação de dança pode, ao mesmo tempo, ser uma encenação.
As únicas dificuldades enfrentadas por Sara no começo, além do problema com articulações, foi a mistura de passos clássicos com os contemporâneos, e para ela, assim como no teatro, ainda existe uma visão pessoal do público, de uma arte ser superior a outra, pois as pessoas ainda colocam os dançarinos de balé clássico em um patamar superior. O grupo termina as aulas no final de novembro, e para dar continuidade ao trabalho, estão pensando nas possibilidades de uma futura apresentação.

por Camila Romero

Palhaço Circense

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"Eu era palhaço, fiz monociclo, já me queimei, e fazia trapézio", diz Otávio, aluno do quarto semestre do curso de Filosofia." Otávio fez circo durante 6 meses na companhia "Circo Mágico Introspectivo". Ele relata o circo não sendo como uma arte, mas como um estilo de vida diferente no qual as pessoas são ambulantes e passam a vida toda embaixo de uma lona, com isso, tornam-se uma família, e os cargos vão passando de pais para filhos. Dentro dessa arte não estão só as pessoas que se apresentam, mas até os que estão por fora como os que montam as lonas e conferem os equipamentos e os que cuidam da segurança.

O erro mais comum que as pessoas cometem no circo, como diz Otávio, é em diferenciar os palhaços. Os palhaços de circo, por uma questão mais visual, usam maquiagens mais fortes para que visualizem suas expressões, o que não ocorre quando o trabalho com palhaços é feita mais próxima do público, pois deste modo elas tendem a ser leves e mais próximas possível do humano. No circo antigo, as cores usadas para os palhaços, quando o público alvo eram as crianças, era o preto, o vermelho e o branco.

Otávio já trabalhou de palhaço em hospitais, e fala que as cores usadas nesse ambiente são cores suaves como o azul claro que dão mais impressão de tranqüilidade. Isso ocorre devido ao público alvo, os pacientes. Uma pessoa que está doente acaba se espantando em ver uma figura muito berrante em sua frente sendo que o ambiente não é propício a isso.

"Tem o palhaço de rua que é o mais interessante de todos porque ele quase sempre despreza a maquiagem" afirma o estudante. O palhaço de rua pode ser dividido em três tipos, um que é mais descompromissado, não confere sua maquiagem e é mais teatral, tem os mímicos, estes fazem muito sucesso na França e tem os palhaços negros que recebem esse termo por se maquiarem de preto e branco. Esses últimos são mais encontrados da Europa, e usam essas cores devido ao frio do local para manterem a temperatura de seus corpos, e também para darem a impressão da cidade.

Otávio também já participou de várias oficinas, e considera a vida de circo uma vida boa, embora seja muito corrida. O último contato que teve com a companhia que participou foi por e-mail, eles estavam na Argentina para fazer uma turnê de seis meses e logo mais iriam para o Uruguai. Para ele, o mais importante que tem dentro do circo é a família que é formada e que esta sempre junta.

por Camila Romero

Capoeira e Sociedade

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“Tem tudo a ver, fazer uma atividade física com o ‘lance’ de estudar, porque além de te ajudar, ajuda você a relaxar a mente e trabalhar o corpo” diz Rosavio, 26 anos, do segundo semestre do curso de história. O estudante treina capoeira há 15 anos e diz que tal arte está relacionada com a escolha do curso, já que a capoeira é historicamente ligada ao Brasil colonial.
Para ele, a capoeira não é só uma arte e uma luta, mas, é também uma forma de cultura que se identifica com as pessoas. A música a torna cultural, e os movimentos corporais fazem com que a pessoa se distancie, por uns momentos, da correria da vida para que possa se concentrar em algo. Além disso, a capoeira está ligada ao fator social, pois não é possível praticá-la sozinho, é necessário no mínimo mais uma pessoa para treinar junto, e para que se tenha música, é necessária a presença de mais pessoas.

A parte social da capoeira pode ser utilizada no trabalho, na faculdade, e até mesmo dentro da própria família por ensinar, acima de tudo, o respeito aos demais. “Ela ensina também a superar as dificuldades, porque toda vez que tem um movimento novo eu fico lá duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias até eu conseguir fazer, e uso isso no dia a dia da minha vida também”, afirma Rosavio, desse modo, a capoeira vai além da atividade física o que traz satisfação.

O estudante já participou de vários grupos e hoje pertence ao grupo Coquinho Baiano, do instrutor Rafael. O grupo é de Campinas e atualmente está no Campus da Unifesp em Guarulhos há mais ou menos um ano e meio.

O grupo Coquinho Baiano pretende se manter, porém, pelo fato de estar em uma universidade, eles encontram uma tremenda dificuldade pelo fato dos alunos virem de lugares diferentes, e com isso, torna difícil o relacionamento entre eles.

No dia 10 de outubro (sábado) o grupo realizou o primeiro batizado de capoeira dele próprio, e também o primeiro batizado na universidade. O batizado se trata de uma festa, uma confraternização, na qual permite que o aluno tenha contato com outros mestres e professores de várias academias.

Uma sociedade sem atividade cultural e sem arte, sem questionamentos, para Rosavio, se torna uma sociedade formada por robôs. Não só a capoeira como também outras artes, servem para desestressar e relaxar, além de extravasar sentimentos e emoções, sejam de raiva, de felicidade, de amor, ou outros existentes.

Os treinamentos do grupo são realizados de quintas dàs 18 hrs às 19 hrs e 30 min, dentro do campus.

por Camila Romero

Coletivo La Panela organiza o 2º panorama coletivo

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Rodrigo Pignatari, aluno do 2º termo de Filosofia é um artista plástico, diretor teatral e integrante do Coletivo La Panela. Seu grupo está organizando o 2º panorama Coletivo, com o tema “Tem que derrubar”. A exposição, que vai do dia 17 de outubro ao dia 28 de novembro, acontece no Ateliê M. Macoe, localizado no centro da cidade de Guarulhos, na Avenida Tiradentes, número 914, das 18h às 23h.

O evento conta com o trabalho de 46 artistas visuais que dialogam, de alguma forma, com o tema. Rodrigo sintetiza o tema no manifesto sobre a exposição “Tem que derrubar” em algumas palavras: “Espalhar por terra para se lançar com força e potência de vida num processo de intensificação de corpos em um único motivo: derrubar e sentir os cacos que ficam ao chão com o máximo derrame, e tocar de fato no meio em que nos localizamos enquanto indivíduos, para tentar entender com poesia o que acontece com a gente. Quantas vezes for preciso ter que derrubar para construir!”



Fotos Natalia Araujo





















Fotos: Natália Araujo

Natália Araujo é fotógrafa e artísta da cidade de Guarulhos. Confira seus trabalho em: Natalia_Araujo
e no site www.novasvisoes.com.br

Por Daiane Sobreira

O Retrato do Artista

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Foto divulgação

Toda vez que a palavra artista é mencionada, logo é relacionada aos atores, apresentadores, cantores, desenhistas e aos demais que estão na mídia. Mas, de fato, são somente estes os artistas que existem?
Quando uma mãe enfeita um bolo, um engenheiro desenha um projeto de um carro ou de uma casa, um estilista cria um novo modelo de roupa, todos estão fazendo arte, tanto quanto o autor de um ensaio ou apresentação, o pintor de um quadro e um compositor na criação de uma nova música. A diferença entre eles, além da arte, é que alguns são pouco conhecidos que outros, como é o caso da mãe, do engenheiro e do estilista, nem são notados. Isto acontece devido ao fato do conceito “arte” ou “artista” estar ligado à mídia, ou apenas às atividades artísticas como o teatro e a música e, deste modo, esquecemos que arte é tudo aquilo que é criado pelo ser humano ou pela natureza.
A arte de criar um carro, uma roupa, ou até mesmo do desenhista de quadrinhos publicados em revistas, se perdem quando entram em uma linha de produção e passam a ter várias réplicas idênticas ao original, sendo deste modo, industrializada e comercializada. Este também é um dos fatores que fazem desses criadores “artistas ocultos”.
Os artistas comuns, enfrentam também uma grande falta de reconhecimento, devido ao fato das pessoas de hoje em dia preferirem cinemas e danceterias ao invés de assistirem uma boa apresentação ou uma exposição. Um outro fator que contribui é a falta de apoio e de investimentos de órgãos públicos ou de empresas privadas, tal problema existe porque economicamente, a arte não traz quase nenhum benefício à eles, pois é muito mais fácil investir em um projeto de pesquisa científica, ou em saúde e tecnologia que, certamente, é da necessidade de todos do que investir na cultura. Para a resolução deste problema foi criada a Lei Rouanet, que possibilita que pessoas jurídicas ou físicas apliquem uma parte do imposto de renda, proporcionando deste modo, um incentivo para a expansão a cultura. Porém, como tudo na vida, a Lei Rouanet é imperfeita, e deste modo, passa a privilegiar os artistas do eixo Rio - São Paulo, deixando um pouco de lado o resto do país.
Quando observamos ao nosso redor, percebemos diversos artistas anônimos, os quais não damos sequer algum valor, e que nós mesmos ignoramos que também somos artistas. Artistas porque, em algum momento da vida, criamos algo que é próprio de nós e que alguém poderia imitar, mas nunca com o nosso dom, a nossa arte.

por Camila Romero

O popular mangá

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A palavra mangá no Brasil designa as histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês. Suas raízes estão nos emakimonos, os primeiros rolos de pintura japonesa que associavam pintura e texto. Após a segunda guerra mundial o mangá tornou-se um verdadeiro fenômeno, alcançando o campo de todos os temas imagináveis, como a vida escolar, os esportes, a guerra, a economia, a história, entre muitos outros. É o popular estilo de desenho oriental a arte de Jenifer Bene Lu, 19 anos, aluna do 2º termo de letras. Para ela, desenhar é uma atividade de distração, um hobby. Jenifer diz sempre dar preferência ao aspecto visual e a tudo que está relacionado ao aspecto estético do seu trabalho, em todos os projetos que participa.

Desenhos de Jenifer Bene Lu

Verônica Alves e Bruno de Souza

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Canto

Verônica Alves iniciou seu envolvimento com a música aos 6 anos, cantando para a sua família.
Aos 7 participou de um programa de calouros na televisão onde ficou por 3 semanas e foi onde tudo começou. Desde então começou a cantar e não parou mais. Verônica canta “na noite” em bares e pizzarias, ela também trabalha com eventos como festas, formaturas e casamentos, sempre cantando um pouco de tudo, mas sua preferência é a MPB. Como cantora tem o objetivo de alcançar a todos através de sua música.

Para encerrar Verônica nos deixa sua dica aos que pretendem ingressar na música:

“No inicio tudo é difícil, mas no decorrer da nossa história, as portas vão se abrindo e vc vai se encontrado! A oportunidade sempre chega!”

Maracatu

Conversando com Bruno de Souza, um rapaz que conheceu o maracatu em uma Oficina localiza no Anhangabaú, centro de São Paulo, conheci melhor as características que envolvem esta música que exerce forte influência cultural.

Bruno contou-me que sua experiência com a música, começou há 4 anos atrás com o violão, e logo depois passando para o baixo e a guitarra. Ingressou numa banda onde permaneceu por 2 anos. Após sua experiência com a banda conheceu o maracatu. Ele falou-me sobre o objetivo do grupo do qual faz parte atualmente: “Coro de carcarás é um grupo de agitação cultural que através do maracatu, do teatro e do cinema produz uma arte crítica e transformadora da realidade barbarizada do país e desta grande metrópole de São Paulo. Criar um grande coro teatral-musical é nosso objetivo enquanto carcarás não do sertão, mas da grande metrópole.”.Sua definição sobre o maracatu é de que “ele é um som contagiante que invade as ruas e mobiliza as pessoas.”.

Para finalizar ele deixa a dica: “A todos que se interessaram pelo maracatu, apareçam aos sábados, 10h da manhã no Anhangabaú – Oficina de Maracatu, é gratuita”.
Por Gustavo Nanni