Palhaço Circense

| terça-feira, 3 de novembro de 2009

"Eu era palhaço, fiz monociclo, já me queimei, e fazia trapézio", diz Otávio, aluno do quarto semestre do curso de Filosofia." Otávio fez circo durante 6 meses na companhia "Circo Mágico Introspectivo". Ele relata o circo não sendo como uma arte, mas como um estilo de vida diferente no qual as pessoas são ambulantes e passam a vida toda embaixo de uma lona, com isso, tornam-se uma família, e os cargos vão passando de pais para filhos. Dentro dessa arte não estão só as pessoas que se apresentam, mas até os que estão por fora como os que montam as lonas e conferem os equipamentos e os que cuidam da segurança.

O erro mais comum que as pessoas cometem no circo, como diz Otávio, é em diferenciar os palhaços. Os palhaços de circo, por uma questão mais visual, usam maquiagens mais fortes para que visualizem suas expressões, o que não ocorre quando o trabalho com palhaços é feita mais próxima do público, pois deste modo elas tendem a ser leves e mais próximas possível do humano. No circo antigo, as cores usadas para os palhaços, quando o público alvo eram as crianças, era o preto, o vermelho e o branco.

Otávio já trabalhou de palhaço em hospitais, e fala que as cores usadas nesse ambiente são cores suaves como o azul claro que dão mais impressão de tranqüilidade. Isso ocorre devido ao público alvo, os pacientes. Uma pessoa que está doente acaba se espantando em ver uma figura muito berrante em sua frente sendo que o ambiente não é propício a isso.

"Tem o palhaço de rua que é o mais interessante de todos porque ele quase sempre despreza a maquiagem" afirma o estudante. O palhaço de rua pode ser dividido em três tipos, um que é mais descompromissado, não confere sua maquiagem e é mais teatral, tem os mímicos, estes fazem muito sucesso na França e tem os palhaços negros que recebem esse termo por se maquiarem de preto e branco. Esses últimos são mais encontrados da Europa, e usam essas cores devido ao frio do local para manterem a temperatura de seus corpos, e também para darem a impressão da cidade.

Otávio também já participou de várias oficinas, e considera a vida de circo uma vida boa, embora seja muito corrida. O último contato que teve com a companhia que participou foi por e-mail, eles estavam na Argentina para fazer uma turnê de seis meses e logo mais iriam para o Uruguai. Para ele, o mais importante que tem dentro do circo é a família que é formada e que esta sempre junta.

por Camila Romero

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